A 24ÂŞBienal do Livro 2016 aconteceu entre os dias 26 de agosto a 4
de setembro no pavilhão de exposições do Anhembi e este ano, estava repleta de
atrações. Confira agora minha análise geral sobre o evento:
Acho que o primeiro ponto a se
notar sobre o evento Ă© a estrutura. Ficou muito claro o quĂŁo grande a bienal se
tornou e o quanto investiram nesse ano. Geralmente, nos anos anteriores, um
ambiente melhor elaborado se restringia mais Ă s editoras maiores, mas dessa
vez, até algumas editoras menores estavam com uma produção bem legal. Era
visĂvel desde a entrada que, diferente do que muitos falaram, o foco era sim os
livros – e estavam lá adereços, estampados para todos verem e brincarem – como
por exemplo o trono de ferro e a estação 9 ¾ . Claro, nĂŁo Ă© nenhuma Comic Con
Experience, mas achei que conseguiram equilibrar bem o lance de ter
entretenimento com a “feira de livros”.
Legal Ă© o modo como foi organizado:
você se sente em uma espécie de jogo, onde a aventura é explorar aquele imenso
local. Ir na bienal Ă© dar uma de Dora Aventureira e sair por aĂ olhando livros
e estandes, e claro, pegando muitos marcadores de páginas.
Isso é muito óbvio né, uma feira
de livros tem que ter livros. Mas o que me surpreendeu foi a variedade: tinha
desde cordel a livros de medicina. Com certeza
os livros de youtubers eram destaque, porém, quem quisesse pesquisar mais,
facilmente encontrava uma boa variedade de opções. Sério, eu não tô exagerando,
tinha de tudo! Até livro de sexo (aliás, principalmente de sexo).
ENTRETANTO, e olha que esse entretanto é com letras maiúsculas e garrafais, os preços estavam um tanto quanto inflacionados. A crise veio, bateu forte e continua batendo até não poder mais. O mercado editorial tá sofrendo viu, ou talvez seja só mercenarismo. Não sei, mas isso torna a coisa contraditória, pois, enquanto feira de livros, acaba-se minimizando o aspecto de feira. Você tem lá trocentas opções e descobertas novas, mas o preço, comparado com a internet, é nitidamente abusivo. Vale a pena se você não tem problema em gastar, mas do contrário, serve apenas como vitrine mesmo.
ENTRETANTO, e olha que esse entretanto é com letras maiúsculas e garrafais, os preços estavam um tanto quanto inflacionados. A crise veio, bateu forte e continua batendo até não poder mais. O mercado editorial tá sofrendo viu, ou talvez seja só mercenarismo. Não sei, mas isso torna a coisa contraditória, pois, enquanto feira de livros, acaba-se minimizando o aspecto de feira. Você tem lá trocentas opções e descobertas novas, mas o preço, comparado com a internet, é nitidamente abusivo. Vale a pena se você não tem problema em gastar, mas do contrário, serve apenas como vitrine mesmo.
Ah claro, vez ou outra
encontrávamos um point com “todos os livros por 10 reais”, mas pareciam mais
como sebos e nĂŁo eram livros tĂŁo interessantes. VocĂŞ tinha que garimpar
BASTANTE para achar algo em conta.
Nesse sentido, acabou sendo um
ponto favorável para os autores independentes e nacionais, que conseguiram
obter destaque.
3- Autores nacionais
3- Autores nacionais
Essa Ă© a Ana Beatriz BrandĂŁo
Talvez pelo fato de eu ter ido
com uma amiga que é parça de meio mundo do mercado editorial, foi interessante
ter contato com autores independentes. LĂłgico, sou tĂmido, entĂŁo nĂŁo saĂ
conversando com meio mundo, porém, essa bienal foi importante para os novos
escritores. Nunca tinha visto isso – realmente fico muito feliz, pois me lembro
quando esse movimento começou, lá em meados dos anos 2000 e como era de nicho.
Agora, de repente, uma editora como a Arwen tem um estande prĂłprio e bastante
visitado, com autores de destaque, como Camila Pelegrini, Ananda Veloso e
Camila Deus Dará – sem contar no simpaticĂssimo Eder Transkini com a sua sĂ©rie
de livros, Stânix. Em contraparte ao movimente do mainstreim, aqui o preço tava
bem legal, nĂŁo sĂł na Arwen como nas editoras ao lado, seja de livros ou HQ’s
(as vezes os dois), como a Balão Editorial. Se me perguntassem há alguns anos,
jamais afirmaria que um movimento de literatura fantástica se formaria no
Brasil – sim galera, ele existe! E está cada vez mais forte.
Nem preciso falar da divosa Ana Beatriz Brandão, que infelizmente não pude ver (fui no último final de semana), mas sei que arrasou no lançamento do seu terceiro livro: O Garoto do Cachecol Vermelho.
Nem preciso falar da divosa Ana Beatriz Brandão, que infelizmente não pude ver (fui no último final de semana), mas sei que arrasou no lançamento do seu terceiro livro: O Garoto do Cachecol Vermelho.
EntĂŁo, se de um lado tinha
crianças e adolescentes berrando para ver a Kéfera, do outro tinha um
movimento, talvez um pouco tĂmido, mas significativo, envolta da produção
nacional.
Ficou nĂtido que o foco da bienal
nesse ano foram os youtubers. Isso Ă© bom, isso Ă© ruim? NĂŁo sei, difĂcil falar
sobre. “ah como assim nĂŁo sei, Maeister seu boboca, livros de youtubers sĂŁo
horrĂveis”, bom, primeiro Ă© difĂcil dizer o que Ă© bom ou ruim de forma tĂŁo
generalizada, mas podemos afirmar com toda certeza: sĂŁo livros de youtubers
pagam as contas. Como fui no final do evento, nĂŁo pude encontrar nenhum
“famoso” da internet, mas era nĂtido a diferença apenas no pĂşblico que passava:
diversas crianças com livros como o do Rezende Evil. Entretanto, de acordo com
as minhas fontes, a maioria das palestras foi bem... Vazia. Eu já esperava, mas
enfim, era aquela coisa, um bate-papo descompromissado cheio de “desafios”
maneiros de interação entre o autor e o público.
Tirando essa pegada mais de
‘entretenimento’, tivemos muitas opções, principalmente palestras, seja com
filĂłsofos ou autores internacionais (olha sĂł...). A sessĂŁo de autĂłgrafos entĂŁo,
foi uma das mais diversificadas (chegando a ser bizarro, Valesca Popozuda e Larissa
Manoela. WTF?), com um sistema prático de atendimento. Quem quisesse ser atendido
com antecedĂŞncia, podia tirar a senha no site ou, como qualquer ser humano com
muita paciĂŞncia, esperar na fila. Vez ou outra percebi que o tema se distanciou,
mas a coisa girou envolta dos livros, seja superficial ou profundamente.
Interessante essa tática de dar entretenimento para o público em geral e ainda atender as necessidades dos bookaholics e o pessoal do meio editorial. Realmente, se torna um evento para todos as idades.
ConclusĂŁo
O saldo final da Bienal do Livro 2016 é positivo, ainda que haja alguns problemas aqui e ali. Se você estivesse com fome, iria se deparar com uma praça de alimentação sem muitas opções e cara, coisa que, assim como os livros, não valia a pena comprar. Entretanto, tirando esse problema da inflação, a estrutura ao todo era ótima, atendendo todas as necessidades (pelo menos as minhas, ainda que faltasse mais instalações para o pessoal sentar, ficar confortável e talvez, até ler ali mesmo).
Vale a pena o ingresso por 25 reais? Dentro do limite, acredito que ainda vale. Por fim, para quem gosta de interagir e de conhecer coisas novas, foi Ăłtimo. Que a bienal cresça cada vez mais, mas que continue atendendo o pĂşblico em geral, com foco nos fĂŁs de livros. A maior crĂtica mesmo fica para os preços. Anyway, eu fico por aqui e espero que tenha gostado do post.
Mas antes de ir embora, me diz aĂ - o que achou da bienal?
El Psy Congroo.
Interessante essa tática de dar entretenimento para o público em geral e ainda atender as necessidades dos bookaholics e o pessoal do meio editorial. Realmente, se torna um evento para todos as idades.
ConclusĂŁo
O saldo final da Bienal do Livro 2016 é positivo, ainda que haja alguns problemas aqui e ali. Se você estivesse com fome, iria se deparar com uma praça de alimentação sem muitas opções e cara, coisa que, assim como os livros, não valia a pena comprar. Entretanto, tirando esse problema da inflação, a estrutura ao todo era ótima, atendendo todas as necessidades (pelo menos as minhas, ainda que faltasse mais instalações para o pessoal sentar, ficar confortável e talvez, até ler ali mesmo).
Vale a pena o ingresso por 25 reais? Dentro do limite, acredito que ainda vale. Por fim, para quem gosta de interagir e de conhecer coisas novas, foi Ăłtimo. Que a bienal cresça cada vez mais, mas que continue atendendo o pĂşblico em geral, com foco nos fĂŁs de livros. A maior crĂtica mesmo fica para os preços. Anyway, eu fico por aqui e espero que tenha gostado do post.
Mas antes de ir embora, me diz aĂ - o que achou da bienal?
El Psy Congroo.
*Maeister Ă© redator e dono do
site Divisão Paralela, sobre análises a respeito da cultura pop nerd e
underground. Para mais informações, acesse: divisaoparalela.com.br ou curta a
página no facebook: divisãoparalela
Eu morro de vontade de ir, acho que é uma oportunidade maravilhosa. Esses probleminhas acho que acontecem em todos os lugares né, principalmente o preço dos alimentos ehehehe
ResponderExcluirBeijos
BlogCarolNM
FanPage
Sou loca pra ir um dia.
ResponderExcluirhttp://www.blogsecretplace.com/
Sou louca para ir em uma bienal, adorei suas dicas e o post.Sei que quando for vou voltar com um mundo de livros.
ResponderExcluirBeijos
https://pimentasdeacucar.blogspot.com.br
Adorei o post. Nunca fui na Bienal (moro em outro estado) mas um dia pretendo ir, parece ser demais. Aqui tem a Feira do Livro que Ă© bem legal mas nem se compara com uma Bienal, hahah
ResponderExcluirBeijo!
Sorriso Espontâneo
Está sempre lotado a comida é cara, mas amo ir!
ResponderExcluirBeijos!
EsmaltadasdaPatyDomingues
Meu sonho é visitar a Bienal, sentir toda energia de um ambiente em que sei que poderei conhecer e encontrar pessoas maravilhosas que nutrem a mesma paixão que tenho pelo universo literário. Acho que mesmo com os livros estando a preços não tão atrativos, é uma oportunidade tão grande de entrar em contato com as obras pessoalmente. É um sonho sair de lá com a sacola cheinha de livros!
ResponderExcluirEnfim, beijos!
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